Não sei o que diga, não sei o que faça...

A história do costume.

O meu filho não me liga.

Se estamos os dois em casa, anda sempre atrás de mim. Mete-se comigo para brincar.

Na hora de o ir deixar na ama, vai feliz e contente. Assim que chega lá, salta do meu colo para o colo dela e de seguida quer ir para o chão, brincar com os outros meninos.

Normalmente não sou eu que o vou buscar, mas quando sou, até tremo. Porque, se tiver a infeliz pontaria de ele ter acordado naquele minuto, faz birra porque não quer o meu colo. E isto aconteceu antes de ontem. Quando cheguei e ele não queria o meu colo. Peguei nele, desata num pranto, que a Senhora atrapalhada me diz que ele quer é ir brincar. Acredito que sim, mas dói...

Dói muito!

Há qualquer coisa que me está a escapar. Volto a fazer-me a mesma pergunta vezes sem conta. O que é que faço de errado?!?!?!

Ele só me quer quando está aflito. Ou porque se magoou, ou porque está doente, ou porque tem fome, ou porque tem birra.

Ao que parece ele se estivesse aflito e se estivesse eu e a ama seria ela a quem ele pediria ajuda.

Não condeno a Sra., longe de mim. Vejo que é uma excelente profissional e que trata muito bem o meu filho e todas as outras crianças.

Sou eu, eu é que sou uma stressada.

O J. disse-me, e sei que foi para me sentir melhor, que ele lhe fez a mesma coisa ontem. Acredito, e ele tem uma adoração pelo Pai que só visto.

O facto de me sentir pouco amada, faz com que ande muito em baixo. Tinha muitas esperanças no amor do meu filho.

Talvez porque sinto muito a falta do meu Pai, sinto que o meu filho me deve amar de forma incondicional, como eu o amo a ele.

Sei que não é obrigação dele.

O meu pequeno terrorista...