sexta-feira, novembro 13, 2009

Há um ano atrás...

... já tinha ido às urgências do hospital, porque tinha contracções certinhas. 7 em 7 minutos.
Mandaram-me ir comer, descansar, andar e à noite voltar lá. Porque se ficasse lá era bem capaz de não evoluir. Só tinha 2 dedos de dilatação.
E assim fiz, não por esta ordem. Como já tinha comido, fui andar, depois fui para casa, ainda dormi 20 minutos, não consegui dormir mais por causa das contracções. E como era cedo, 19h, fomos ao IKEA - o rapaz da caixa ainda disse que se lá ficasse podia ter o quarto da criança mobilado - e fomos jantar ao Alegro.
Por volta das 21.30 decidimos que deviamos voltar às urgênicas e por lá fiquei.
Posso dizer que tudo passou a correr. Sem grandes ansiedades, falo por mim... Tranquila e confiante de que tudo iria correr bem.
O meu maior medo quando estava grávida, era o parto... mas não se tivesse muitas dores. Porque já as tinha tido, mas se rasgasse ou se tivessem de cortar. Sentir aquilo tudo. Ainda hoje me faz muita confusão.
Mas não rasguei, não cortaram... sim tive dores, consegui controlar até um certo ponto, depois tive de pedir a epidural. Por 3 vezes.
Deviam-me achar a super-mulher.
O J. ao meu lado, só pedia para não me mexer. Porque o CTG saía do sítio e deixava de se ouvir o Simão. Mas com as dores, nem pensava em nada. Queria a epidural.
Assim foi, deram-me uma dose fraquinha, que deu para aliviar uns 30minutos, depois veio a enfermeira que viu que já tinha a dilataçã feita e segui para a sala de partos.
Acredito que tenha demorado uns 30 minutos até ver o Simão.
Há muitas coisas que não me recordo, como o rebentar das águas. Sei que foi a médica que o fez, com uma agulha comprida. E que o Simão veio com uma feridinha na cabeça, por causa disso. Mas não me lembro de sentir as águas sairem. Lembro-me que fui algaliada, mas não me lembro quando é que me tiraram. Assim como o penso da epidural que fica colado às costas, não sei quando foi tirado.
Foi como que a minha memória tivesse feito uma selecção.
O J. disse que havia uma enfermeira parva que disse que eu ainda não estava pronta para ir para a sala de partos, que quando já estava a fazer força, foi lá espreitar. Não me lembro...
O J. sempre esteve ao meu lado. Viu tudo! Tudo mesmo.
Eu sempre lhe disse que fazia questão que ele estivessa presente. Que se ele esteve lá no dia da concepção tinha que estar no nascimento. Mas nunca que visse tudo. Pensei que houvesse um limite, tipo que ficasse atrás de mim. Mas não, ficou de lado. E deu para ver tudo.
E disse-me que quando o Simão estava a meio, eu mexi-me e que ficou assustado pensando que podia acontecer alguma coisa ao nosso filho.
Cortou o cordão e enquando me estavam a tratar, ficou com o Simão ao colo.
Foi a partir daí que a nossa vida ficou mais rica. Mais cheia...


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