... é todos os dias, pelo menos para mim.
À pouco, a caminho do trabalho li a crónica da Isabel Stilwell, no destak e concordei com tudo o que escreveu. Que sem dúvida somos os melhores pais, que cometemos o maior erro de os transformar em eternos bebés, não os fazendo passar pelo que nós passámos. E isso é verdade. Queremos o melhor para eles e erramos dando-lhes tudo, protegendo-os de tudo e de todos. Não os deixamos ser autónomos e lutar por aquilo que realmente querem.
À pouco, a caminho do trabalho li a crónica da Isabel Stilwell, no destak e concordei com tudo o que escreveu. Que sem dúvida somos os melhores pais, que cometemos o maior erro de os transformar em eternos bebés, não os fazendo passar pelo que nós passámos. E isso é verdade. Queremos o melhor para eles e erramos dando-lhes tudo, protegendo-os de tudo e de todos. Não os deixamos ser autónomos e lutar por aquilo que realmente querem.
Lá em casa, sou apologista do Simão andar e descobrir, mesmo que se possa magoar, mas depois saberá que se tentar de novo vai ter a mesma consequência. Já o J. não pensa assim. Acha que devemos evitar os riscos e protegê-lo.
Quando sei que o risco é elevado aviso sempre. Digo-lhe: "olha que vais cair" ou "ai está quente". E ele sabe e tem o cuidado de não voltar. O J. até o simples facto de o Simão jogar à bola com uma bola mais pequena é motivo de preocupação. E porque ele pode pisar a bola e porque ele não consegue chutar. Eh pá...
Na altura do inverno fomos a casa de uns amigos, que tinham o radiador ligado. O Simão aproximou-se e eles foram logo atrás dele. Eu disse para deixarem, que ele ao sentir o calor afasta-se. Acharam a minha forma de lidar com a situação fora do normal, mas concordaram que sem dúvida só assim é que eles aprendem e foi assim que aprendemos.
Lá em casa temos lareira e posso dizer que o Simão nunca se aproximou.
Protegê-los demais faz com que vivam numa redoma, não aprendem, não descobrem.
Sei que agora é muito complicado deixá-los brincar na rua, mas eu brinquei muito,quer dizer a minha geração brincou. Descobrimos muitas coisas e ficámos imunes a muitas outras e quero isso para o meu filho.
Estes tempos para mim têm sido muito complicados, porque passo muito tempo sozinha com o Simão. Ele pede muito a minha atenção e como estou sozinha é claro que a dou . Ao fim do dia quando estamos mais cansados, eu do trabalho e ele do dia, estamos os dois com a birra. Então sou eu que tenho muita coisa para fazer em casa, até os jantar e ele que quer brincar. Aí começa aquele choro de birra irritante, que não tenho paciência. Não consigo fazer nada ou lhe dou atenção e deixo a casa de pantanas ou deixo-o a chorar e fico com a cabeça em água. A única solução tem sido a TV. O Panda, os DVD's do Ruca. Mas é coisa de 15 minutos e voltamos ao mesmo.
São dias e dias assim...
Como diz a minha irmã, eles precisam de frustrar um bocadinho para aprenderem a superar. Agora não sei até que ponto posso ser eu a frustrada!
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